quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vida de barbeiro é difícil... difícil

Muitas vezes paramos e pensamos nas profissões, e é sempre muito difícil chegar a conclusão de qual em todas elas é a mais difícil. Claro que tem o trabalho de lomba que sem dúvida é pesado e pouco remunerado e deve ser levado em conta.

Mas quero falar de um específico que deve ter ódio de todos os homens: o barbeiro. Aqui em São Vicente por exemplo o que não falta é barbearia, e claro que nem sempre as cadeiras estão ocupadas e os barbeiros ficam na porta vendo o movimento a espera do trabalho. Enquanto o trabalho não chega milhares de pessoas a passam na sua frente.

Cada pessoa que passa o barbeiro reclama. Primeiro passa um com o cabelo grande e com falta de um bom corte, o do tipo que não gosta de dar o barbeiro de ganhar. Quando o individuo passa o barbeiro fica a remoer la dentro: “Olho o gajo com um cabelão com falta de um bom corte, e eu poderia dar-lhe um e ele tava f'kal de kel bom”. E é justo um gajo com falta de trabalho e outros com oportunidades dar trabalho e mesmo assim se recusam deixa uma pessoa chateada.

Se o barbeiro reclama d’ aqueles que passam na porta da sua barbearia com o cabelo por tirar, o mesmo se pode dizer com aqueles que passa com um bom corte. Qual é o motivo: porque não usaram sua barbearia e logo não conseguiu ganhar dinheiro na custa dele. “Porque ele não veio tirar cabelo aqui, eu lhe daria um corte bem melhor do que aquele”.

E se prestarem bem atenção quando passam por uma barbearia repararam no olhar feroz que vão receber destes profissionais. Não é por causa desses dois tipos de pessoa, são ossos do ofício, e o seu trabalho, seu sustento, está na tua cabeça, a vista dele.

Não sou o tipo que tem um barbeiro fixo e hora corto o cabelo num, hora noutro, e toda as barbearias que eu uso ficam em ruas que eu ando regularmente, e como devem imaginar passam sempre por eles, e quando não é um é outro que dá-me aquele olhar querendo dizer, “porque não vieste cortar o cabelo”.

Por isso por precaução nunca faço barba na barbearia, porque deste que eu ouvi a história do Blimundo e depois de pensar que por vingança ninguém sabe o que pode fazer.

Nada contra os barbeiros, a eles o meu maior respeito, e uma frase: “Barbeiro que escuta as mazelas dos seu clientes e fica quieto e carrega as dores dos outros prestemos mais atenção neles e veremos que eles sabem mais de nós do que nós mesmos".

1 comentários:

Anónimo disse...

que texto ruim

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