sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O futuro do HIP HOP está garantido em São Vicente

Black god
Ainda não tinha escrito nada sobre o concerto de beneficência, integrada nas actividades do Mês Internacional do Hip Hop, organizado por Seiveige e Kilombo, dois rappers da zona de Vila Nova. O concerto foi um momento impar, onde se conseguiu juntar com muita qualidade o “útil ao agradável”, a necessidade de ser solidário com os menos desfavorecidos com hip hop da muita qualidade. A entrada foi um quilo de alimento e a adesão foi massiva com bons quilos a serem doados e entregues a Associação Cáritas. 


 A parte solidariedade foi de aplaudir. Mas o que aconteceu em cima do palco foi de deixar todos convictos que o hip hop kriolo está em boas mãos, jovens novos na cena a fazerem um rap de muita qualidade, absorvendo a verdadeira essência do movimento, isto é, trazer algo de novo. Vários nomes que ainda não tinha ouvido me deixaram de boca aberta, e também a confirmação e a certeza dos que já estão no movimento há mais tempo. 
Match Point
O hip hop, como costuma dizer um amigo, “é coisa seria” e por isso tem que ser feito com consciência e criatividade, tanto para os que o ouvem como para os que estão dentro do movimento. Neste momento com o trabalho de muitos os hip hop está alcançou um estado de proeminência, sendo que ainda não está na época de ouro, na minha opinião. 

Fazendo algumas menções especiais dentro do próprio espectáculo, que abriu com Phantom, na sua primeira apariçao pública, e passou depois para AC e Match Point. Uma palavra para os Match Point com um “flow descontra” me cativou principalmente com uma música simplesmente fantástica que fala sobre a situação actual. A próxima geração que está nascendo para o hip hop, se continuar consciente e fieis aos princípios defendidos pela cultura, e claro não se deixando influenciar teremos o futuro garantido. 

O futuro faz-se então cheio de perspectivas e fidelidade a essência da cultura com criticas socias actuas, e atento ao cenário económico e político-social do país. Falando com JM ele disse que tem apenas que apenas o hip hop consegue retractar. Sendo verdade isto cria a responsabilidade de todos os envolvidos, porque todos os hip hopers tem então um dever social de ser a voz do povo. 

BTS - BrumeTchan Style
Mas durante o concerto teve apresentações fantásticas de BTS, Bairr Turbulent, G-Rappers que deram um show e tanto, Glack God e DMOG, Lod Escur e muitos outros. O hip hop precisa de mais do tipo de actividades que dá novos MC's a oportunidade de surgir, mas tambem oportunidade para o hip hop possa fazer a diferença na sociedade, com acções do género. Porque se a cultura é intervencionista, tambem tem um papel social a cumprir.  



                                                             

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Novembro, mês do Hip hop


Conferência de Imprensa de Abertura  
O Mês Internacional do Hip Hop vai marcar todo o mês de Novembro em São Vicente, do dia um ao dia 31 com muitas actividades para marcar esta efeméride  Com palestras, tertúlias, filmes com a intenção de destacar o melhor da cultura, e mostrar o lado positivo da cultura. Ou seja com este mês o hip hop estará num patamar mais elevado, porque as acções não visam apenas a parte de demonstração mas num ambiente lúdico aprender sobre a verdadeira essência do hip hop. 

Caras da cultura 
O lema escolhido foi “hip hop forma de vida” e com isto cabe aos intervenientes mostrar a que hip hop é algo que se vive. Como explica Mirú, conhecido pelas suas intervenções sobre a cultura” de que o hip hop é um “movimento cultural, histórico que não pode ser destruído”. Porque quando mais se entende a essência do hip hop muitos mitos e concepções erradas vão caindo. A primeira que ela não é uma cultura americana mas que está enraizada na própria história do africano. Dj Letra diz que a cultura hip hop já se encontrava nestas ilhas antes da formação da cultura cabo-verdiana. 

Kuart a fotografas seus crachás 
E com este mês dedicado ao hip hop para poder sair com a ideia certa do que é e como se comportam os seus verdadeiros elementos. Neste momento a vertente mais conhecido da cultura é o MC, que com ritmo e poesia tem mostrado o seu talento com as suas rimas. Por isso agora a atenção se volta para as outras vertentes como o bboys e para os writers, claro sem perder de vista o MC, que com certeza é o elemento mais conhecido do hip hop. 

Com o formato deste certame abrira espaço para que possa formar uma nova camada de intelectuais do hip hop com os vários encontros entre rappers. A cultura precisa de pessoas que a possa defender mas com uma base intelectual mais forte baseado no conhecimento real dos factos. Mirú por seu lado tem feito muito mas precisamos de mais que estudam e defendem a cultura, por ela é de todos nós. Apesar de ser um momento de festa que todos possam estar Unidos na defesa da cultura hip hop, porque “el é don´t stop”. 
Nani com I a ver a exposição 
A partir do dia um Novembro estará aberto a exposição "Raptrospectiva", um olhar sobre as origens e a actualidade do hip hop em São Vicente, com ênfase nos diferentes vertentes da cultura.   A exposição vai ficar exposta até o fim do mês na Rua 19 Setembro, rua da Zero Point Art, no espaço ex Bar Chocolate . 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Frutos vem com o esforço

Todos tem um objectivo na vida, uma meta, um sonho e muitos conseguiram chegar onde queriam outros ficaram pelo caminho e muitos nunca tentaram. É lógico que é menor o número dos que conseguiram e maior o número dos que não conseguiram mas o fracasso não é uma condição nata de alguns.
O sucesso não é algo que vem nos bater a porta quando menos esperamos – já chegas-te – não é assim tão fácil quem dera que fosse temos mas temos que ir a luta ninguém consegui nada sem antes mostrar o sua capacidade e seu valor. Mesmo depois de muitas tentativas falhadas mas podemos confiar que um dia havemos de conseguir.
A fé por isso é mais do que uma crença que tudo acabará bem mas é a noção do que temos que fazer para chegar onde queremos.
O fracasso não é uma condição nata de alguns, só é fraco os que assim quiserem e os que sentado no sofá pensarem que podiam alcançar algo na vida. É claro que temos muitos obstáculos no caminho que nos pode impedir de prosseguir mas não podemos culpar nada nem ninguém por nosso auto-fracasso.
O que eu quero dizer que todo o sonho é possível mesmo na Bíblia Sagrada nos lemos “que tudo é possível ao que crê” e também que “a fé se não tiver obras é morta em si mesmo” (Tiago 2:17) Martin Luther King disse “Suba o primeiro degrau com fé. Você não tem que ver toda a escada. Você só precisa dar o primeiro passo”. Nunca tenhas medo de sonhar e de lutar pelos teus sonhos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vida de barbeiro é difícil... difícil

Muitas vezes paramos e pensamos nas profissões, e é sempre muito difícil chegar a conclusão de qual em todas elas é a mais difícil. Claro que tem o trabalho de lomba que sem dúvida é pesado e pouco remunerado e deve ser levado em conta.

Mas quero falar de um específico que deve ter ódio de todos os homens: o barbeiro. Aqui em São Vicente por exemplo o que não falta é barbearia, e claro que nem sempre as cadeiras estão ocupadas e os barbeiros ficam na porta vendo o movimento a espera do trabalho. Enquanto o trabalho não chega milhares de pessoas a passam na sua frente.

Cada pessoa que passa o barbeiro reclama. Primeiro passa um com o cabelo grande e com falta de um bom corte, o do tipo que não gosta de dar o barbeiro de ganhar. Quando o individuo passa o barbeiro fica a remoer la dentro: “Olho o gajo com um cabelão com falta de um bom corte, e eu poderia dar-lhe um e ele tava f'kal de kel bom”. E é justo um gajo com falta de trabalho e outros com oportunidades dar trabalho e mesmo assim se recusam deixa uma pessoa chateada.

Se o barbeiro reclama d’ aqueles que passam na porta da sua barbearia com o cabelo por tirar, o mesmo se pode dizer com aqueles que passa com um bom corte. Qual é o motivo: porque não usaram sua barbearia e logo não conseguiu ganhar dinheiro na custa dele. “Porque ele não veio tirar cabelo aqui, eu lhe daria um corte bem melhor do que aquele”.

E se prestarem bem atenção quando passam por uma barbearia repararam no olhar feroz que vão receber destes profissionais. Não é por causa desses dois tipos de pessoa, são ossos do ofício, e o seu trabalho, seu sustento, está na tua cabeça, a vista dele.

Não sou o tipo que tem um barbeiro fixo e hora corto o cabelo num, hora noutro, e toda as barbearias que eu uso ficam em ruas que eu ando regularmente, e como devem imaginar passam sempre por eles, e quando não é um é outro que dá-me aquele olhar querendo dizer, “porque não vieste cortar o cabelo”.

Por isso por precaução nunca faço barba na barbearia, porque deste que eu ouvi a história do Blimundo e depois de pensar que por vingança ninguém sabe o que pode fazer.

Nada contra os barbeiros, a eles o meu maior respeito, e uma frase: “Barbeiro que escuta as mazelas dos seu clientes e fica quieto e carrega as dores dos outros prestemos mais atenção neles e veremos que eles sabem mais de nós do que nós mesmos".

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Deveria preocupar com a crise na RTC????



A RTC, empresa pública de rádio e televisão, está em greve e por isso as emissões de radio e televisão foram suspensas. Os trabalhadores juntaram a frente do edifício da RCV, na Avenida Marginal exigindo os seus direitos. Mas o ponto central das suas reivindicações é a sustentabilidade da empresa, se a empresa vai ou não sobreviver. 

Com esta pequena introdução deve ou não preocupar-me. Então vejamos 

A empresa é administrada por um conselho administrativo apontado pelo governo, que mais tarde tirou o corpo fora dizendo que é um assunto interno. Até onde o governo “cuida das suas empresas”. Vemos muitos investimentos mas num sector de grande importância como a comunicação não vemos muito. Os trabalhadores afirmam que a empresa está neste estado devido  “à gestão danosa e à desresponsabilização do actual Conselho de Administração”. A questão que vem a tona é como isto foi possível. 

Hoje Cabo Verde tem a moda de PCA (presidentes de conselhos executivos), todos apontados pelo governo. Quais são as reais competências e até que ponto estas pessoas estão qualificadas, (sem querer tirar o mérito aos que merecem e fazem um bom trabalho). será que estão por mérito próprio ou por causa da cor política. Quando chega neste ponto há que levantar as questões. 

O governo parece que aponta os PCA para desresponsabilizar do que acontece nas empresas. Mas a comunicação é uma área sensível que precisa de muito, e quando digo isso não me refiro apenas aos órgãos públicos, também para os privados que precisam de mais incentivos para continuar a fazer o seu trabalho, mas se neste momento não tem para o público e imagina só. 

Mas quando pergunto se a crise na RTC preocupa, claro que preocupa. A taxa de desemprego em cabo Verde com curso superior é alarmante, e com cursos de comunicação em quase todas as universidades é a morte do sonho de dezenas e com certeza centenas de futuros profissionais a verem mais uma janela a fechar, já que as reais oportunidades estão escassas . 

Mas do outro culpa a atitude passiva do governo em assuntos que preocupa a nação. “Estão a fazer uma grande confusão em relação a esta matéria, o Governo não lava as mãos porque a empresa assume as responsabilidades, quem deve analisar e discutir com o Governo a resolução do problema é o Conselho de Administração da empresa e é por isso que o primeiro-ministro não discute esta questão na comunicação social com jornalistas que são funcionários da empresa”, e assim disse José Maria Neves. 

E uma claro que uma situação preocupa todos e questiona em que direcção o país anda, e esperamos que não seja para a EUROPA 


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Wikileaks: um passo a frente no hip hop kriol


O hip hop desde do início nestas ilhas tem feito um percurso seguro. Com passos bem delineados e certeiros têm procurado e ocupado o seu espaço com segurança, e claro com muita qualidade. Pode colocar no passado as conversas das pessoas de que o hip hop era música de bandidos e desocupados que só falava palavrões e mais nada. 

Tivemos algumas amostras no passado recente com trabalhos de muita qualidade do potencial kriol para o hip hop. E quando menos esperávamos chega este trabalho “em formato de clássico”. Wikileaks de Batchart, um trabalho até agora sem paralelo, com uma mudança importante e que tem vindo a acontecer na cena do hip hop. Além do flow totalmente rejuvenescido e dos beats, há uma dose de inteligência nos temas tratados. Alem, de que tudo o que é ouvido no álbum são temas actuais, com a vertente interventiva própria do estilo. 

Apesar das músicas serem “sabe pá fronta”, mas temos que aprender algo com o que está se ouvindo, acho que é isto que o Bacthart quer. Vejamos então quando ele propõe “tell lie Vision (TV)”, a faixa numero 11, ele espera que tenhas uma nova atitude perante a televisão e que passamos a perder menos tempo a rente da tv. Ou “vendem Bo Alma” que sejas fiéis a teus princípios, como ele explicou no facebook. 

Lembro de assistir um show de hip hop em São Vicente há muitos anos atrás, muitos grupos cantaram e as pessoas saltaram com o som. Mas teve alguns que cantaram e as pessoas não saltaram e ao invés disso ouviram cada palavra que era pronunciado, e depois as palmas e a certeza de ter aprendido algo. Essa mesma analogia pode ser aplica neste álbum. 

Bacthart tem feito um percurso correcto e certeiro atingindo todos com a sua mensagem. O hip hop é isto é despertar das consciências com ritmo e poesia. 

Para fazeres downloud do álbum basta clicares aqui e desfrutar. 


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Álcool...vai bem e a mal




O consumo de bebidas alcoólicas têm preocupado as autoridades. Essa prática pode ser visto como um martírio para as famílias que vê as suas economias minimizadas, porque familiares  usam parte dos rendimentos para bebidas. Mas por outro ponto é uma fonte de rendimentos para varias mercearias que lucram com essa prática. 

A venda e consumo do álcool constituem um dos motores que movem a micro-economia. Num país onde o consumo de álcool está começando mais cedo, além de constituir um problema social, mexe com o orçamento de várias famílias e nas pequenas lojas um peso importante na quantidade no volume de vendas. 

Muitas famílias por um lado ficam descontes pela quantidade de dinheiro que é investido nas bebidas alcoólicas, enquanto, as lojas ficam contentes pela quantidade de bebidas alcoólicas que tem saída nos seus estabelecimentos. 

O Álcool e as famílias 

Maria Teresa, moradora em Espia, reclama o quanto o marido gasta em bebidas. José Delgado, marido da Maria Teresa, trabalha como pedreiro e todos os meses tem que pagar divida acumuladas nas lojas. Cerca de cinco mil escudos dos quase trinta mil que recebe é usado em bebidas. Mas, ainda, a esposa reclama duzentos contos que “queimou” em bebidas quanto veio para São Vicente depois de trabalhar noutra ilha do país. 

As bebidas alcoólicas têm deixado sua marcada em algumas outras famílias que vem nesse processo um investimento sem retorno e uma enorme dor de cabeça. Antónia Paula, em Ribeirinha, assevera que o consumo “deixa as famílias mais pobres porque não podemos usar o dinheiro em algo” que é necessário. Maria Teresa, por outro lado, vê nas bebidas alcoólicas um devorador que leva tudo e deixa todos com falta e não sacia as verdadeiras necessidades. 

Jorge Nascimento, marido de Antónia, explica como tudo sucede os gastos. “Tomo um e quando tem muitas pessoas e estamos contentes e não tem dinheiro começamos a pedir fiado”. No pedir fiado que está o problema porque vai aumentando a conta pouco a pouco. 

O dinheiro consumido em bebidas é partes importantes em famílias com principalmente os de baixa renda. No caso de Rosa Delgado o marido é o único que trabalha e as constantes bebedeiras faz com que a renda diminui. “È difícil quando não sabemos o quanto vamos ter no fim do mês”. Isto porque não pode fazer a conta quanto o marido quanto não se sabe quanto é a divida. 

As mercearias 

As lojas desempenham um processo importante já que são eles que fazem chegar essas bebidas as pessoas. Tipo de lojas diferentes tem desempenhos diferentes e o tipo de mercadoria vendido também é diferente. 

Nas lojas de maior dimensão as bebidas alcoólicas não desempenham um papel preponderante no volume de vendas, mas não é de subestimar. Nelson do que trabalha numa mercearia em Monte Sossego explica que “as bebidas alcoólicas são importantes” mas tem que apostar em outros produtos já que é uma loja familiar. Os bens alimentícios são os mais importantes. 

Por outro lado as lojas de pequena dimensão as bebidas alcoólicas, em especial grogue e ponche, desempenham um papel fulcral na sobrevivência dessas mercearias. Anisia Oliveira gere uma pequena loja em Bela Vista. E é categórica quando afirma que “ganha-se mais no álcool de que nas outras coisas”. Na mesma zona Filipe Santos também afirma que álcool tem mais saídas do que qualquer outra coisa e no fim semana é muito dinheiro que entra nas caixas das lojas. Essas mesmas lojas vem na venda do algo para equilibrar as contas já que muitos produtos tem pouca saída. 

O álcool de uma é algo que movimenta as pequenas mas também é a preocupação de famílias que vê seus rendimentos descerem por causa da opção de familiares que consomem grades quantias em álcool em vez de aplicarem em outras necessidades familiares.

domingo, 10 de junho de 2012

O que vão ouvir na campanha

Cabo Verde vai entrar outra vez num período de muita animação, isto é, campanha eleitoral. Período de festa com música, dança e muitas outras atracções, mas também é tempo de mensagens politicas. Neste momento vou tentar desmistificar alguns tipos de discurso político que as pessoas tendem a ouvir durante esta época, e que já começou a ser dito entre todos os municípios. Podemos dividir os discursos em o que fizemos, o que eles não fizeram e o que pretendemos fazer. 

Mas antes a forma de poder mais perto da população é as autarquias eleitos pelo povo que por certo confiança e esperança que estes fazem alguma coisa de útil no município onde vivem. Na constituição da república está determinando que “as autarquias locais são pessoas colectivas públicas territoriais dotadas de órgãos representativos das respectivas populações, que prosseguem os interesses próprios destas”. E vamos sublinhar a palavra interesses. 

Os discursos 

Os discursos feitos nesta conjuntura têm a intenção de despertar um sentimento de necessidade nas pessoas que escolham a sua candidatura. E o que mais os candidatos dizem, primeiro os que estiveram no poder, elencam todas as obras que fizeram e que não fizeram mais por causa do tempo. 

Os que almejam o poder tem uma atitude crítica a tudo o que foi feito. Criticam as obras realizadas, e dizem algo do tipo que as prioridades foram trocadas e por isso não há nada de louvar. E como solução apresentam um leque de proposta para mostrar que poderiam ter feito e que esperam uma oportunidade para mostrar serviço. 

E são estes dois tipos de discurso que gera tanta confusão nas campanhas que podem ser resumidas em quem tem a melhor ideia. 

Mas eles esquecem de um ponto essencial. Quando falam de o que fizeram ou que poderiam ter feito e o que vão fazer e esqueçam de um ponto básico, isto é, são eleitos para um órgão publico e é da sua responsabilidade trabalhar para as pessoas. Porque se não estivessem ai para trabalhar não era necessário concorrer ou mesmo se fosse para sentar não precisávamos de ninguém para nos governar. 

Mas sempre vai ser assim todos vão criticar uns aos outros pelos trabalhos feitos mas também os outros sempre vão elogiar a eles mesmo pelo que fizeram. Mas o problemas que os feitos são tidos como algo pessoal, volto a frisar que as pessoas estão nas camaras para trabalharem e se fossem para ficar sem ideias e só sentar na cadeira, com certeza ficariam melhores em casa, só com um ponto negativo de que não receberiam no fim do mês. 

Por isso que as vezes as pessoas desconfiam qual são as verdadeiras intenções das pessoas ao concorrem ao poder. Se realmente querem fazer, ou ter ideias ou simplesmente ocupar o cargo mesmo de o verbo ocupar e não fazer nada. 

sábado, 2 de junho de 2012

Fotos da manifestação (São Vicente)
















sexta-feira, 1 de junho de 2012

Unidos pela mesma causa




São Vicente aderiu em massa a manifestação convocada pelas centrais sindicais do país. Mas a verdade é que há muito, ou talvez nunca, tinha visto o povo mindelense tao unido é uma causa. Apesar de diferença de zona, empresa ou mesmo de salário a questão era de todos, que se faça seja dado um novo olhar a classe trabalhadora. 

Isso que nossa ilha precisa. Não quero generalizar por todo o país porque cada ilha tem os seus problemas e nos temos os nossos problemas. Se a união faz a força então vamos dar uma oportunidade para que nossa ilha possa demonstrar o seu desagrado quando sentir que as coisas não estão indo bem. 

Se os trabalhadores sentiram necessidade de sair a rua e manifestar é porque sentem na pele a falta de aumento salarial ou de políticas que possa ajuda-los na sua progressão profissional. Se sentem que precisam de mais dignidade já que “tudo está aumentando menos o salário”, o que torna difícil ter uma vida condigna então é necessário que algo seja feita. 

Mas ainda falta muito para chegar a terra prometida e ainda há muitas batalhas para frente e a união que ditara a vitória. Se é o povo que governa a vontade dos cinco mil manifestantes é que suas reivindicações tenham efeito la onde precisa ser ouvido, o governo. Por isso o povo tem que começar a separar o trigo do joio porque “enquanto continuarmos a ver a politica como equipas e futebol haverá guerras e muitos problemas”. 

Acho que esse cartaz é ilustrativo de como as pessoas precisam ver as coisas. Se o povo não esta tendo uma parte do bolo quer dizer que alguém esta a comê-lo de outra parte. Valorizo a união mas acima de tudo valorizo os que lutam pelos seus objectivos e que sabe colocar as diferenças de lado e lutar quando o inimigo é comum. 



Click aqui para ver as fotos da manifestação

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Meu Mindelo

Em qualquer cidade há alguns itens que o caracteriza. As suas ruas, seus edifícios, suas homenagens, sua gente. Todos esses itens reflecte a historia da cidade, do seu povo e quem a visita só vendo pode tirar algumas ilações do estilo de vida das pessoas que vivem nesta cidade.

Mindelo, cada pedra, cada banco de praça, cada edifico tem uma história a contar, de pessoas que viveram, que passaram e deixaram sua marca, das pessoas que vivem aqui de forma alegre, e como gerações a gerações passaram a amar esse pais.

Se olharmos para a história da ilha, foi sempre deixada para traz. Amaldiçoada pela falta de chuva e por terrenos áridos foi vetada ao esquecimento, e usado como curral para animais.

Com a construção do porto de carvoeiro, onde hoje funciona o Centro cultural Português, a ilha ganhou uma nova dinâmica e que a caracteriza ate os dias de hoje. A ilha foi então construída a volta deste espaço com os espaços mais históricos da ilha a volta de espaço, sendo esta também das partes mais visitadas por turistas. Desse raio de 1km2 podemos vislumbrar o Paço do conselh, que funciona como a Câmara Municipal, o Mercado Municipa, o Mercado de Peixe, além de poder andar na Avenida Marginal, que esta incluída nas dez baias mais belas do mundo e serviu de inspiração para umas das coladeiras características da ilha com o mesmo nome. Rua de Praia, centro da cidade onde vemos a verdadeira vida do mindelense a busca de um dia de traboi. Neste local ergue nossas marcas colónias a Replica da Torre de Belém e a estatua de Diogo Afonso nosso descobridor. 
Com “maldição” da natureza, a ilha criou uma nova dinâmica para sobreviver. Tirou partido do pouco que a natureza lhe deu e fez muito. A ilha é caracterizada pela sua gente amável, simpática e acolhedora que recebe todos com um sorriso e despede dos que visita a ilha com um sorriso no rosto mostrando nossa morabeza, e deixando sempre o desejo de tornar a voltar.

Indissociável da nossa gente esta a nossa cultura. Informalmente chamada de a capital cultural de Cabo Verde, Mindelo é caracterizado pelas noites “quentes” com música ao vivo em bares, onde é cantada a morna e coladeiras ritmos que caracteriza a ilha se não fosse essa a ilha de Cesária Évora, Manuel d´Novas, Dudú Araújo e muitos outros. 

Nem só da música vive a cidade. Festivais de teatro são característicos da ilha com o Março mês do teatro a ser comemorado na ilha. Mindelact, festival internacional de teatro do Mindelo é celebrado com pomba e circunstância com grupos de outras ilhas e do exterior poderem dar o seu best.

Ao ouvir falar em festival os ouvidos ficam logo em pé para saber a data exacta da realização do festival internacional de música da Baía das Gatas. Um dos momentos de destaque da agenda cultural da ilha que movem milhares de pessoas numa procissão à uma das mais belas praias da ilha para três dias de muita musica, convivência e confraternização entre residentes, visitantes e estrangeiros. Nesse palco já passou e passar grandes nomes da música local e estrangeira, sendo esta o maior festival de musica realizado no país.

Mas o cartaz cultural não ficaria completo com o carnaval. Alcunhado de brazilim, Mindelo não deixa seus créditos por mãos alheias na preparação da festa. Grupos oficiais preparam seus desfiles cheios de cor e alegria. Mas não ruas há pessoas vestidas a sua maneira e fantasia para brincar um Carnaval único em todo o mundo.

Depois de um ano de celebrações não ficaria completa com uma passagem de ano digna desse nome. O povo mindelense trabalha e prepara o ano inteiro para esses segundos, que marca o fecho de uma etapa para outra. Milhares de pessoas juntam na conhecida praia de catchor, para ver já a tradicional fogo de artificio, e para lavar do ano que já passou para entrar num novo limpo onde as esperanças que o ano será melhor é a maior esperança.

De tudo de bom que há em São Vicente a sua gente é a que mais a caracteriza é a sua gente. Com uma vida dura sem grandes recurso naturais o mindelense criou um amor único para vida que tud te descontra e que no fim as coisas terminarão bem. Caracterizado pela sua orla marítima é nela que o povo busca o pão de cada dia. Um povo de pescadores e vendedeiras de peixe, que proporcionou dos postais que esse nosso pais jamais conheceu ou conhecerá.
Um povo de pintores, poetas, músicos , desportistas que em cada obra de artes deixam transparecer o seu amor por esta ilha. Neste momento o murral de São Vicente, pintado por vários artistas consagrados e artistas promissores é o retrato da vida mindelense.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A ilegalidade é prejudicial

Ribeirinha, Zona X
Num artigo chamei as autoridades que não ajudam as pessoas a terem uma vida melhor de vilã, referindo a questão da Electra cortar luz. Mas esqueci de referi que a ilegalidade não é a solução viável para outras pessoas. Podemos ate alienar neste discurso de que a ilegalidade pode ser uma via, mas quem sai prejudicado são os que são legais. 



Referindo a questão da electricidade. A empresa, neste caso a Eletctra com todos os seus problemas, tem um número x de pessoas que são legais. Na medida certa tem que comprar combustível para satisfazer estes clientes. Enquanto isso, alguns espertinhos ligam a rede roubam energia. Ao roubar esta energia, a quantidade produzida não vai ser suficiente sendo necessário gastar mais em combustível. Ao gastar mais em combustível acontece que alguém vai ter que pagar e sempre os preços é sentido no consumidor com o aumento dos preços. 


Nada contra até aqui quando falamos também que a ligação a rede pode criar problemas, já estas ligações pode causar problemas a rede, que podem ser provocados queima de fusíveis ou algo parecido. Sem levar em conta que os próprios ilegais estão em perigo já que muitos moram em casas de lata sem as mínimas condições para receber uma estrutura eléctrica. 

Claro que todos precisam de condições mínimas. Mas a ilegalidade não é a solução. Agora entra a câmara em vigor já que é a única capaz de ajudar as muitas pessoas a terem casas decentes e habitáveis porque sem os itens básicos todos tem que procurar a sobrevivência num ambiente mais estável.

quarta-feira, 7 de março de 2012

A CMSV tem a situação da ilha precária

Já se sabe que a corda se arrebenta pelo lado mais fraco. E isto é visível em São Vicente. A falta de políticas sociais tem feito que a nossa população fica a mercê de constrangimentos como o que está acontecendo na zona da Ribeirinha que viram suas casas cortadas luz e obrigadas a responderem por um processo em tribunal. 



Muitos moradores que moram em casas de lata viram numa situação mais difícil já que se encontrava. É de conhecimento público que viver nessas casas já é difícil por si só, e aliada a pobreza e condições de saneamento deprimente. 

Estive nessa zona e vi a desilusão destas pessoas que querem viver mas que o poder não deixa. São pessoas simples que querem viver a sua vida e lutam para que as questões de ilegalidades sejam erradicas. Querem construir suas próprias casas e pagar pela luz que gastam, mas são negadas esta oportunidades e o que vão fazer com filhos pequenos juntar as centenas de sem tecto que vive nessa cidade? 

A falta de politica social da Câmara esta fazendo com que estas pessoas ficam refém de uma vida que querem levar. A Câmara Municipal de São Vicente simplismente não possui uma preocupação com os desfavorecidos. Preocupam com o centro da cidade e aprovaram um orçamento rectificativo para o que para nada. 

A governação é vista na melhoria de vida das pessoas coisas que não esta acontecendo, porque uma volta pelos bairros da ilha da para notar que as coisas estão ficando pior. Promessas sem sentindo durante o tempo de campanha não estão tendo eco. 

Porque eu não entendo porque a câmara demora tanto tempo para viabilizar as papeladas para as pessoas fazendo com que sejam obrigados a ficarem na ilegalidade. Então a pergunta é quem os malvados? Os que procuram de alguma forma viver ou os que tem os meios para proporcionar o que os outros precisam e não o fazem. 

Para mim se a Câmara não mudar de política social vãos entrar num problema social sem precedentes, já que os problemas de habitação são um problema e é piorada pela maior taxa de desemprego do país. 

Augusto, Onde é que vamos parar? 


terça-feira, 6 de março de 2012

Super Amadeu

Não sou la muito por causa de julgamentos, mas hoje assisti um. Sabia o que estava a acontecer mas não dei conta que todo o processo contra, o absolvido, Amadeu Oliveira, fez dele o um herói. Mesmo o juiz pelas suas palavras, Amadeu merecia um premio pela audácia e coragem em ir contra o sistema e defender um caso que estava a beira da prescrição.

É mesmo de herói lutar contra tudo e todos e sair vencedor. Mas a reclamação é o procurador que não ficou bem na fotografia tentando montar um caso que não deu em nada. Amadeu vinha sendo acusado de exercer a advocacia de forma ilegal por não estar em dia com a sua ordem. Mas ……..A deparar com um caso de injustiça que necessitava de intervenção rápida, arregaçou as mangas e disse vamos la. E com sucesso e destria como é conhecido conseguiu, fazer com que os seus clientes ficassem contente com a decisão.

E no fim em tom de festa Amadeu estendeu o convite a todos para estarem no Don Paco as sete e meia para a comemoração. Pena que eu vou estar na escola e na impossibilidade, claro, da minha neutralidade no processo, vou abster-me das comemorações. Já como Amadeu disse terá que responder outros processos na Praia mais outra razão para não entrar em festejos.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Sabes quem és?

Quem somos nós? Esta é a pergunta de uma vida. Tentando alcançar algo, mas sem nunca conseguir chegar ao objetivo que nós não temos. Somos o que repetidamente fazemos, foi o que alguém disse, mas eu não nem sei o que eu faço. Às vezes faço algo, mas no minuto seguinte, faço algo diferente, então o que é que eu sou. 

Nos temos que ser quem nos somos. A crise de identidade é freqüente e não vai terminar com essas frases sem sentido que nada querem dizer, nada. Então temos que fazer a meta de conseguir descobrir quem somos. Mas se fizermos não vamos ter tempo para fazer outras coisas como aproveitar a vida ou qualquer coisa do gênero. 

Mas a necessidade de buscar esse sentimento de pertença a algo como grupo, comunidade ou mesmo sociedade. Mas o mais importante é conhecer e pertencer a nós mesmo. Se não pertencemos a nós mesmos, a quem pertencemos. Muitas vezes dizemos a alguém que ele nos pertence ou qualquer coisa. Mas temos que nos conhecer. 

Apesar de viver para nós mesmos, temos que também viver para nós. Temos que viver e sentir que estamos vivos. Dalai Lama já tinha dito o que mais o surpreende no mundo é o homem “pois perde a saúde para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a saúde. Vive pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acaba por não viver nem o presente, nem o futuro. Vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido”. 

Analisei, mas vi que a vida é curta mesmo que vivamos 100 anos, não tem nada haver porque vai chegar um tempo que não vivemos, mas existimos. E Michel Jackson cantou  que precisamos de “stop existing and start living”. 

A esta discussão Dalai Lama acrescentou que “só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”. 

Por isso nos sejamos mesmo e vivamos o hoje e deixa o amanha preocupar com o amanha “a cada dia o seu mal”. Não precisamos sempre com os mesmos dilemas, precisamos estar atentos e descobrir a nos mesmo. Porque se não descobrirmos quem somos, ninguém o fará. 

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