terça-feira, 30 de outubro de 2012

Novembro, mês do Hip hop


Conferência de Imprensa de Abertura  
O Mês Internacional do Hip Hop vai marcar todo o mês de Novembro em São Vicente, do dia um ao dia 31 com muitas actividades para marcar esta efeméride  Com palestras, tertúlias, filmes com a intenção de destacar o melhor da cultura, e mostrar o lado positivo da cultura. Ou seja com este mês o hip hop estará num patamar mais elevado, porque as acções não visam apenas a parte de demonstração mas num ambiente lúdico aprender sobre a verdadeira essência do hip hop. 

Caras da cultura 
O lema escolhido foi “hip hop forma de vida” e com isto cabe aos intervenientes mostrar a que hip hop é algo que se vive. Como explica Mirú, conhecido pelas suas intervenções sobre a cultura” de que o hip hop é um “movimento cultural, histórico que não pode ser destruído”. Porque quando mais se entende a essência do hip hop muitos mitos e concepções erradas vão caindo. A primeira que ela não é uma cultura americana mas que está enraizada na própria história do africano. Dj Letra diz que a cultura hip hop já se encontrava nestas ilhas antes da formação da cultura cabo-verdiana. 

Kuart a fotografas seus crachás 
E com este mês dedicado ao hip hop para poder sair com a ideia certa do que é e como se comportam os seus verdadeiros elementos. Neste momento a vertente mais conhecido da cultura é o MC, que com ritmo e poesia tem mostrado o seu talento com as suas rimas. Por isso agora a atenção se volta para as outras vertentes como o bboys e para os writers, claro sem perder de vista o MC, que com certeza é o elemento mais conhecido do hip hop. 

Com o formato deste certame abrira espaço para que possa formar uma nova camada de intelectuais do hip hop com os vários encontros entre rappers. A cultura precisa de pessoas que a possa defender mas com uma base intelectual mais forte baseado no conhecimento real dos factos. Mirú por seu lado tem feito muito mas precisamos de mais que estudam e defendem a cultura, por ela é de todos nós. Apesar de ser um momento de festa que todos possam estar Unidos na defesa da cultura hip hop, porque “el é don´t stop”. 
Nani com I a ver a exposição 
A partir do dia um Novembro estará aberto a exposição "Raptrospectiva", um olhar sobre as origens e a actualidade do hip hop em São Vicente, com ênfase nos diferentes vertentes da cultura.   A exposição vai ficar exposta até o fim do mês na Rua 19 Setembro, rua da Zero Point Art, no espaço ex Bar Chocolate . 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Frutos vem com o esforço

Todos tem um objectivo na vida, uma meta, um sonho e muitos conseguiram chegar onde queriam outros ficaram pelo caminho e muitos nunca tentaram. É lógico que é menor o número dos que conseguiram e maior o número dos que não conseguiram mas o fracasso não é uma condição nata de alguns.
O sucesso não é algo que vem nos bater a porta quando menos esperamos – já chegas-te – não é assim tão fácil quem dera que fosse temos mas temos que ir a luta ninguém consegui nada sem antes mostrar o sua capacidade e seu valor. Mesmo depois de muitas tentativas falhadas mas podemos confiar que um dia havemos de conseguir.
A fé por isso é mais do que uma crença que tudo acabará bem mas é a noção do que temos que fazer para chegar onde queremos.
O fracasso não é uma condição nata de alguns, só é fraco os que assim quiserem e os que sentado no sofá pensarem que podiam alcançar algo na vida. É claro que temos muitos obstáculos no caminho que nos pode impedir de prosseguir mas não podemos culpar nada nem ninguém por nosso auto-fracasso.
O que eu quero dizer que todo o sonho é possível mesmo na Bíblia Sagrada nos lemos “que tudo é possível ao que crê” e também que “a fé se não tiver obras é morta em si mesmo” (Tiago 2:17) Martin Luther King disse “Suba o primeiro degrau com fé. Você não tem que ver toda a escada. Você só precisa dar o primeiro passo”. Nunca tenhas medo de sonhar e de lutar pelos teus sonhos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vida de barbeiro é difícil... difícil

Muitas vezes paramos e pensamos nas profissões, e é sempre muito difícil chegar a conclusão de qual em todas elas é a mais difícil. Claro que tem o trabalho de lomba que sem dúvida é pesado e pouco remunerado e deve ser levado em conta.

Mas quero falar de um específico que deve ter ódio de todos os homens: o barbeiro. Aqui em São Vicente por exemplo o que não falta é barbearia, e claro que nem sempre as cadeiras estão ocupadas e os barbeiros ficam na porta vendo o movimento a espera do trabalho. Enquanto o trabalho não chega milhares de pessoas a passam na sua frente.

Cada pessoa que passa o barbeiro reclama. Primeiro passa um com o cabelo grande e com falta de um bom corte, o do tipo que não gosta de dar o barbeiro de ganhar. Quando o individuo passa o barbeiro fica a remoer la dentro: “Olho o gajo com um cabelão com falta de um bom corte, e eu poderia dar-lhe um e ele tava f'kal de kel bom”. E é justo um gajo com falta de trabalho e outros com oportunidades dar trabalho e mesmo assim se recusam deixa uma pessoa chateada.

Se o barbeiro reclama d’ aqueles que passam na porta da sua barbearia com o cabelo por tirar, o mesmo se pode dizer com aqueles que passa com um bom corte. Qual é o motivo: porque não usaram sua barbearia e logo não conseguiu ganhar dinheiro na custa dele. “Porque ele não veio tirar cabelo aqui, eu lhe daria um corte bem melhor do que aquele”.

E se prestarem bem atenção quando passam por uma barbearia repararam no olhar feroz que vão receber destes profissionais. Não é por causa desses dois tipos de pessoa, são ossos do ofício, e o seu trabalho, seu sustento, está na tua cabeça, a vista dele.

Não sou o tipo que tem um barbeiro fixo e hora corto o cabelo num, hora noutro, e toda as barbearias que eu uso ficam em ruas que eu ando regularmente, e como devem imaginar passam sempre por eles, e quando não é um é outro que dá-me aquele olhar querendo dizer, “porque não vieste cortar o cabelo”.

Por isso por precaução nunca faço barba na barbearia, porque deste que eu ouvi a história do Blimundo e depois de pensar que por vingança ninguém sabe o que pode fazer.

Nada contra os barbeiros, a eles o meu maior respeito, e uma frase: “Barbeiro que escuta as mazelas dos seu clientes e fica quieto e carrega as dores dos outros prestemos mais atenção neles e veremos que eles sabem mais de nós do que nós mesmos".

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Deveria preocupar com a crise na RTC????



A RTC, empresa pública de rádio e televisão, está em greve e por isso as emissões de radio e televisão foram suspensas. Os trabalhadores juntaram a frente do edifício da RCV, na Avenida Marginal exigindo os seus direitos. Mas o ponto central das suas reivindicações é a sustentabilidade da empresa, se a empresa vai ou não sobreviver. 

Com esta pequena introdução deve ou não preocupar-me. Então vejamos 

A empresa é administrada por um conselho administrativo apontado pelo governo, que mais tarde tirou o corpo fora dizendo que é um assunto interno. Até onde o governo “cuida das suas empresas”. Vemos muitos investimentos mas num sector de grande importância como a comunicação não vemos muito. Os trabalhadores afirmam que a empresa está neste estado devido  “à gestão danosa e à desresponsabilização do actual Conselho de Administração”. A questão que vem a tona é como isto foi possível. 

Hoje Cabo Verde tem a moda de PCA (presidentes de conselhos executivos), todos apontados pelo governo. Quais são as reais competências e até que ponto estas pessoas estão qualificadas, (sem querer tirar o mérito aos que merecem e fazem um bom trabalho). será que estão por mérito próprio ou por causa da cor política. Quando chega neste ponto há que levantar as questões. 

O governo parece que aponta os PCA para desresponsabilizar do que acontece nas empresas. Mas a comunicação é uma área sensível que precisa de muito, e quando digo isso não me refiro apenas aos órgãos públicos, também para os privados que precisam de mais incentivos para continuar a fazer o seu trabalho, mas se neste momento não tem para o público e imagina só. 

Mas quando pergunto se a crise na RTC preocupa, claro que preocupa. A taxa de desemprego em cabo Verde com curso superior é alarmante, e com cursos de comunicação em quase todas as universidades é a morte do sonho de dezenas e com certeza centenas de futuros profissionais a verem mais uma janela a fechar, já que as reais oportunidades estão escassas . 

Mas do outro culpa a atitude passiva do governo em assuntos que preocupa a nação. “Estão a fazer uma grande confusão em relação a esta matéria, o Governo não lava as mãos porque a empresa assume as responsabilidades, quem deve analisar e discutir com o Governo a resolução do problema é o Conselho de Administração da empresa e é por isso que o primeiro-ministro não discute esta questão na comunicação social com jornalistas que são funcionários da empresa”, e assim disse José Maria Neves. 

E uma claro que uma situação preocupa todos e questiona em que direcção o país anda, e esperamos que não seja para a EUROPA 


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Wikileaks: um passo a frente no hip hop kriol


O hip hop desde do início nestas ilhas tem feito um percurso seguro. Com passos bem delineados e certeiros têm procurado e ocupado o seu espaço com segurança, e claro com muita qualidade. Pode colocar no passado as conversas das pessoas de que o hip hop era música de bandidos e desocupados que só falava palavrões e mais nada. 

Tivemos algumas amostras no passado recente com trabalhos de muita qualidade do potencial kriol para o hip hop. E quando menos esperávamos chega este trabalho “em formato de clássico”. Wikileaks de Batchart, um trabalho até agora sem paralelo, com uma mudança importante e que tem vindo a acontecer na cena do hip hop. Além do flow totalmente rejuvenescido e dos beats, há uma dose de inteligência nos temas tratados. Alem, de que tudo o que é ouvido no álbum são temas actuais, com a vertente interventiva própria do estilo. 

Apesar das músicas serem “sabe pá fronta”, mas temos que aprender algo com o que está se ouvindo, acho que é isto que o Bacthart quer. Vejamos então quando ele propõe “tell lie Vision (TV)”, a faixa numero 11, ele espera que tenhas uma nova atitude perante a televisão e que passamos a perder menos tempo a rente da tv. Ou “vendem Bo Alma” que sejas fiéis a teus princípios, como ele explicou no facebook. 

Lembro de assistir um show de hip hop em São Vicente há muitos anos atrás, muitos grupos cantaram e as pessoas saltaram com o som. Mas teve alguns que cantaram e as pessoas não saltaram e ao invés disso ouviram cada palavra que era pronunciado, e depois as palmas e a certeza de ter aprendido algo. Essa mesma analogia pode ser aplica neste álbum. 

Bacthart tem feito um percurso correcto e certeiro atingindo todos com a sua mensagem. O hip hop é isto é despertar das consciências com ritmo e poesia. 

Para fazeres downloud do álbum basta clicares aqui e desfrutar. 


 
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